Família de mulher trans morta em Luís Eduardo Magalhães pede Justiça nas redes sociais

Familiares e amigos de Rhianna, mulher trans assassinada no último sábado (6) em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, usaram as redes sociais nesta segunda-feira (8) para pedir Justiça. A jovem foi morta por estrangulamento, por meio de um “mata-leão”, e o principal suspeito do crime levou o corpo até a delegacia da cidade. A Polícia Civil informou, em nota, que o caso é investigado como feminicídio.

Em uma das mensagens publicadas, uma familiar lamentou profundamente a perda.
“Não tiraram a vida só de uma simples pessoa. Tiraram a vida de um ser humano cheio de luz, de vontade de viver, de vencer. Tiraram uma filha, uma irmã, alguém muito importante para nós.”

Outros conhecidos da vítima também se manifestaram, pedindo a responsabilização do suspeito.
“Levaram ela a troco de nada. Eu aposto que aquele inútil está vendo minhas postagens no sofá da sua casa e rindo”, escreveu uma das familiares.
Outra pessoa reforçou o pedido de Justiça: “Quem a conhecia sabia do amor e cuidado dela com todos ao redor. Eu te amo. Quero Justiça. Quero que esse maldito pague por tudo.”

Investigação

Segundo a Polícia Civil, o suspeito é um motorista por aplicativo, de 19 anos. Ele não teve a identidade divulgada. Em depoimento, o jovem afirmou que contratou Rhianna, que morava em Barreiras — a cerca de 90 km de Luís Eduardo Magalhães — para um programa. Após o encontro, seguiu com ela no carro.

Ainda segundo o relato do suspeito, os dois teriam discutido durante o trajeto. Ele afirma que Rhianna o ameaçou expor o programa e fazer uma denúncia de estupro. A polícia não esclareceu se houve ou não confissão de violência sexual.

O motorista disse também que agiu em “legítima defesa” após a vítima supostamente fazer um movimento indicando que retiraria algo da bolsa. Depois do crime, ele levou o corpo até a delegacia e pediu socorro. O Samu foi acionado, mas a jovem já estava sem vida.

Desdobramentos

O suspeito foi liberado após se apresentar espontaneamente e relatar o ocorrido, segundo a Polícia Civil. O caso continua sendo apurado pela Delegacia Territorial de Luís Eduardo Magalhães.

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que acompanha as investigações e requisitará as informações necessárias para que as medidas cabíveis sejam adotadas.

Via: G1 Bahia