Viroses infantis exigem atenção redobrada dos pais
A temporada de chuva e tempo frio renovou a preocupação sobre como evitar as temidas viroses. A aflição – e a lembrança de noites mal dormidas – costuma ser maior para pais com filhos com até três anos. As crianças, afirma a médica pediatra Rita Mira, coordenadora do Serviço de Emergência Pediátrica do Hospital Santa Izabel, são mais vulneráveis ao contágio das viroses respiratórias. Sem a imunidade adquirida da mãe e ainda formando a própria memória imunológica, a criança costuma ficar gripada toda vez que o corpo é atacado por um vírus novo, desconhecido.
Com larga experiência na assistência diária prestada pelo Serviço de Pediatria do Hospital Santa Izabel que conta com equipe multiprofissional qualificada e números expressivos de atendimento – são mais de três mil atendimentos por mês -, Rita Mira assegura que é comum que até os três anos a criança apresente, em média, até quatro episódios virais anualmente.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), cerca de 85% das doenças febris na infância são de origem viral. “Até que o organismo desenvolva seus próprios anticorpos e aprenda a se defender das centenas de vírus existentes”, diz a coordenadora.
Rita Mira explica ainda que os vírus podem causar doenças respiratórias, gástricas e de pele como é caso comum de exantemas (manchas avermelhadas no corpo) e pápulas (pequenas estruturas elevadas na pele, tipo brotoejas). Congestão nasal, nariz escorrendo, febre, vômito, certo incômodo na garganta, indisposição, diarréia e perda de apetite são sinais de que um vírus pode estar no organismo. No caso dos bebês, principalmente nos mais novinhos, o primeiro sinal é quando ele costuma mamar menos e ficar sem se mexer muito, não reagindo aos estímulos.
As viroses costumam ser doenças benignas que geralmente desaparecem entre três e sete dias. Diferentemente das bactérias que podem ser combatidas mediante uso de antibióticos, a recuperação das doenças virais são autolimitadas. “As infecções virais não devem ser tratadas com antibióticos”, reforça Rita, destacando ainda que a consulta ao pediatra é recomendável. Outra dica importante é dar à criança muito líquido e evitar aglomeração de pessoas.
Atos simples e eficazes, como o de lavar bem as mãos das crianças, sobretudo depois de tossir ou espirrar, costumam ser eficazes para prevenir e reduzir a disseminação de viroses. Os especialistas recomendam ainda evitar levar a criança com virose à escola. Ela pode transmitir o vírus a outras principalmente porque nesse período chuvoso é comum as pessoas ficarem mais aglomeradas em ambientes fechados e menos arejados.
Assistência integral – As infecções virais causam grande procura por atendimento médico na emergência pediátrica do Santa Izabel, que funciona em regime 24 horas. O serviço de pediatria do hospital é um dos mais completos do estado e conta também com equipe multiprofissional qualificada e pronto atendimento com 15 leitos, além de UTI pediátrica com 16 leitos, perfazendo um total de 61 leitos.
Para dar ainda mais conforto a sua clientela, a Santa Casa da Bahia recentemente inaugurou as novas instalações da Unidade Prof. Hosannah de Oliveira, no Hospital Santa Izabel. O espaço foi totalmente reformado, recebeu intervenções que priorizaram o aumento do conforto, qualidade e segurança de pacientes e profissionais de saúde e agora abriga uma estruturada unidade pediátrica com 22 leitos, no 2º andar.